quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Eu empreendo, Tu empreendes... Nós empreendemos.

Situação comuníssima: depois da difícil escolha da profissão, de algumas noites insones por conta de provas e trabalhos e das comemorações em beca e traje de gala, vêm as perguntas: “o que eu faço agora?", “onde vou trabalhar?”, “como faço para conseguir um emprego?”, ou ainda” vou ser independente financeiramente, quando?” A resposta muitas vezes é empreender.
Até a década de 80, era comum o profissional fazer a vida na empresa, entrar contínuo e sair diretor.  Já desde a década de 90 esta perspectiva confortável deixou de existir. A competição entre empresas e profissionais fez do emprego formal na iniciativa privada matéria cada vez mais rara, quando não etérea, dando vez em quantidade e qualidade -leiam-se salários - às oportunidades no funcionalismo público, vide a quantidade de concursos e de candidatos para estes. E também às iniciativas empresariais pessoais.
Montar o negócio próprio e gerí-lo passou a ser a saída de diversos profissionais recém-formados frente à falta de vagas no mercado. Para outros já com alguns anos de experiência, constituiu-se como a chance de atuar de forma mais autoral e independente ou mesmo de, finalmente, fazerem aquilo de que gostam.
Empreender tornou-se verbo cada vez mais conjugado no mundo profissional. E em primeira pessoa. O crescente número de publicações e cursos sobre o tema, e de artigos como estes, dão provas do fato.
O que pouco se diz e se ressalta é que, para empreender, não basta vontade. É necessário ter perfil. Isto porque montar o negócio próprio e administrá-lo exige do profissional um elenco bastante plural e extenso de características pessoais e profissionais.
Eis as principais delas:
Ousadia - disposição para correr riscos;
Senso de oportunidade – pragmatismo e assertividade;
Profundo conhecimento sobre o mercado em que deseja atuar;
Conquistar ou dispor dos recursos necessários ao empreendimento – físicos, financeiros, profissionais e emocionais também, que suportem a empreitada e o risco intrínseco;
Capacidade de administração - saber organizar e utilizar os recursos disponíveis;
Capacidade de liderança;
Independência;
Talento;
E, sobretudo, OTIMISMO.
O empreendedor é, em resumo, alguém capaz de detectar oportunidades no mercado e de aproveitá-las de forma inteligente, concretizando-as, administrado-as e multiplicando-as.
Podemos dizer que o marketing, como função integrada que é, dá suporte a tudo isso, possibilitando que o empreendimento nasça como boa parte deles, pequeno, mas com o seu DNA programado para o crescimento, para a rentabilidade, para a sustentabilidade, para a responsabilidade social, para a geração de empregos, para a concretização e até suplantação do que um dia foi apenas sonho.
Texto publicado na Revista Alto Estilo São Carlos, Edição 4, Dezembro/2008/Janeiro/2008.

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