quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Propagandeando

Depois da ressaca de um período de incertezas e cintos apertados em função da crise econômica que chacoalhou o mundo, 2010 chega como o ano da retomada de projetos necessários para o sucesso de empresas e negócios, entre eles as campanhas de propaganda.
O ano de 2009 foi marcado pela incômoda (não necessariamente negativa!) palavra “crise”. Alguns setores foram afetados diretamente pela queda nas bolsas mundiais, pela quebradeira de bancos em países improváveis, pelo encarecimento do crédito, pelas sérias dificuldades enfrentadas por empresas gigantescas.  Indiretamente, setores tiveram sua solidez afetada pelas baixas de renda, produção e emprego. Outros, por razões diversas e que renderiam páginas e páginas entusiasmadas, foram capazes de vender lenços para secar a “choradeira” generalizada (se você está nesse grupo saiba que tem duas fãs aqui!) e outros tantos simplesmente foram levados pela situação adversa e quando não estavam “cortando”, estavam “pisando no freio” com receio do porvir. Tudo (ou quase tudo!) ficou para depois. Depois de que? Da crise, oras! Inevitável.
Nesse balaio de pertences em mudança etiquetados para “depois” estão aquela campanha assertivamente criativa que traria ótimos resultados à empresa e que de quebra ainda motivaria a força de vendas, aquele evento que prestigiaria o que lhes é caro e raro, a modernização da identidade visual da empresa que já não traduz o que ela se tornou ao longo dos anos, aquela ação de responsabilidade social que colocaria a organização em um patamar diferenciado. E por aí vai.
Bem, 2010 chegou e até aqui, pelo que se vê, sente e lê, reafirma o que o Papai Noel já havia nos contado ao revelar shoppings e demais centros comerciais apinhados em busca do celular de última geração ou da televisão em 24 parcelas fixas (dá-lhe crédito!). E a construção civil? Lojas de materiais de construção, imobiliárias e bancos transformando o sonho da casa própria em carnê de prestações.  É isso: antes que o trio elétrico passasse, a crise, como se imaginava, já tinha ido embora.
Com a chegada desse novo momento (ufa!), o conjunto finito representado pelas coisas do “depois” pode e deve tornar-se um conjunto infinito de possibilidades, de abordagens, argumentos para dar conta do urgente e do agora, que é investir, movimentar, crescer, andar (correr!), mexer, mudar, revelar, valorar, comunicar, propagar e por que não propagandear? Não no sentido negativo, equivocado e pouco cauteloso que as coisas de marketing e comunicação muitas vezes encontram por aí, mas sim no sentido de fazer campanhas, contratar propaganda, entender os benefícios de um bom trabalho de comunicação.
Muitos são os caminhos, frutos da dinâmica positiva de crescimento quantitativo e qualitativo das empresas de comunicação, especialmente em São Carlos. São agências, veículos, empresas de pesquisa, produtoras de áudio e vídeo, assessores e consultores vivendo a propaganda de maneira séria, comprometida e ética como o ofício exige.
Fica registrada, portanto, neste primeiro encontro “letrado” do ano, a nossa sugestão com um toque de neologismo: “propagandeiem”.  Faz bem para a empresa e (se bem feita, por profissionais qualificados!) não tem contra-indicações.
Texto publicado na Revista Alto Estilo São Carlos.

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